segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



Nós, trabalhadores da educação, não tivemos o que comemorar no fim de ano de 2012. Ao contrário de boa parte da população que comemorou as festas de fim de ano, não tivemos condições mínimas para festejar. Além de trabalharmos o ano todo em ambientes precários, após cumprirmos nosso dever não tivemos sequer nossos salários garantidos. O descaso com os novos concursados é ainda pior, pois, os mesmos trabalharam mais de 4 meses sem receber.
Toda essa confusão da gestão pública foi atribuída às constantes trocas de prefeitos que ocorreram no ano passado. Entretanto, mesmo com um novo prefeito eleito nossos problemas não foram solucionados. Sem nenhum impedimento legal para manter-se no cargo, o atual prefeito foi apoiado por boa parte dadireção do Sindicatoque obteve benefícios individuais, porém, não para a categoria. O cargo de Secretário de Educação foi dado a um parente de um dos membros da direção do nosso sindicato.
No início de seu mandato, fomos surpreendidos com a notícia de que o prefeito não se comprometeria com as dívidas passadas e que pagaria apenas a folha de janeiro. Os atrasos só seriam pagos quando houvesse “sobra de caixa”.
Sabemos queo município tem dívidas históricas e, portanto, não há a mínima possibilidade de“sobra de caixa”. Mesmo assim, a direção do Sindicato (mais especificamente o presidente) assinou, antes de qualquer consulta aos profissionais da educação, um acordo com a prefeitura e procuradoria, no qual, exigia apenas o pagamento do salário de dezembro e que não cobraria os pagamentos em dia dos meses subsequentes.
Com o falso discurso de defesa do interesse dos contratados, interesse esse sempre deixado em quinto plano pela direção do sindicato, a direção do Sintep conseguiu manobrar a assembléia e aprovar sua proposta.
Sabendo que os contratados não tinham mais nada a receber -não fosse o pagamento da folha de dezembro e dos meses anteriores - os mesmos votaram em peso na proposta da direção. Assim, os concursados ficaram sem perspectivas de receber a folha de janeiro, pois, de acordo com a proposta vencedora essa folha seria paga com as sobras do caixa da prefeitura.
Apesar do golpe que sofremos na assembléia, os sinais do descaso da direção atual do Sintep com a categoria e seu atrelamento com a prefeitura já estavam evidentes há muito tempo.
Não foi a toa que a primeira movimentação convocada pela direção do Sintep ocorreu somente apósdois meses de atraso salarial. Isso porque nós do Autonomia e Luta havíamos cobrado diversas vezes e até formalmente - via ofício entregue na direção do Sindicato no dia 06 de janeiro - uma atitude definitiva frente ao descaso que sofremos. Nós cobramos assembléias e uma ação concreta da direção do Sintep. Mesmo assim, a direção do Sindicato protelou o quanto pode esse debate.
Agora, temos a chance de convocar no conselho de representantes uma nova assembleia e exigir condições dignas de trabalho. Isso implica diretamente em termos TODOS os salários em dia.
Nova assembléia já! Chega de defender a prefeitura. Atitude pensada é não aceitar o descaso com a educação e pilantragem com nosso salário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário